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  • José Papa

Educação Moral










O principal objetivo da encarnação é o aprendizado, que leva à evolução. Ao reencarnar, o Espírito sofre o esquecimento do passado, mas mantêm as tendências, gostos, habilidades e aptidões, que representam o resultado de experiências vivenciadas em encarnações passadas, permitindo que ele retome o seu aprendizado, que é inesgotável.


A encarnação é necessária ao duplo progresso moral e intelectual do Espírito: ao progresso intelectual pela atividade obrigatória do trabalho; ao progresso moral pela necessidade recíproca dos homens entre si”. (O Céu e o Inferno – Capítulo III)

Por isso, ao longo da encarnação, os estímulos que o Espírito recebe, do meio em que se desenvolve, devem conduzi-lo ao despertamento do potencial que se encontra temporariamente em estado latente e à correção de suas más tendências, além de estimulá-lo ao emprego de suas boas tendências para o seu crescimento espiritual e de outros também.


Se positivas, as influências que o Espírito receber durante a encarnação poderão determinar conquistas valorosas em sua personalidade espiritual, que o acompanharão para sempre! Na questão 685- a (Livro dos Espíritos), diz-nos o Espírito Verdade: “...a educação consiste na arte de formar caracteres, criar hábitos; a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos”.


No entanto, deve-se considerar que o desenvolvimento do senso moral é de extrema importância no processo evolutivo do Espírito, pois a inteligência sem senso moral é capaz de gerar muito mal.


O conjunto de regras de conduta que expressam a vontade do Criador para o desenvolvimento do senso moral de seus filhos é chamado Leis Morais.

Em O Livro dos Espíritos aprendemos que as Leis Morais, eternas e universais, estão gravadas na consciência do Espírito desde a sua criação, aguardando os estímulos mais adequados à sua compreensão e à sua prática.

Em todos os tempos, essas Leis nos foram reveladas por profetas, sábios e filósofos, enviados ao mundo para ajudar o progresso da Humanidade.

Para os cristãos, o Evangelho representa, sem dúvida alguma, o maior compêndio de regras de conduta, pautadas na moral mais edificante e necessária à evolução da Humanidade.


A Moral ensinada e vivenciada pelo Cristo deixou-nos as bases para o desenvolvimento de virtudes necessárias ao nosso equilíbrio e felicidade verdadeira, exaltando o Amor como lei áurea e a caridade como oportunidade de exercício desse Amor.


Por sua vez, o Espiritismo tem seu alicerce nos ensinamentos de Jesus e seu fundamento pedagógico não poderia ser outro senão aquele praticado pelo Cristo.


“Jesus apontava diretrizes e induzia a criatura a segui-las fazendo a sua parte, porquanto, cada qual é responsável por tudo aquilo que se lhe torna necessário... Tornou-se o pedagogo por excelência, não apenas ensinando a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, mas sobretudo, demonstrando que ele o realizava”. “...Melhor pedagogia que a d’Ele não existe, pois, que vem atravessando os dois milênios já transatos com superior qualidade de orientação”. (Joanna de Ângelis – A Pedagogia de Jesus – O reformador – JUN/2004)


O Evangelho de Jesus à luz da Doutrina Espírita deixa de ser um conjunto de regras morais pré-estabelecidas que precisam ser religiosa e dogmaticamente seguidas para agradar a Deus, pois a Moral Evangélica passa a ser compreendida como a essência das Leis Divinas, cuja compreensão e prática auxiliarão o nosso desenvolvimento espiritual.


“A Educação Moral deve se preocupar muito mais em tocar essa divindade, em fazer as leis morais ativas, cutucando-as e acordando-as, do que em reprimir as más tendências... Despertado o anseio e o gosto pelo Bem, o segundo passo é fortalecer a vontade, para que o indivíduo tenha forças de permanecer no bom caminho e lutar contra os obstáculos internos e externos que se lhe opõem”. (Dora Incontri – A Educação Segundo o Espiritismo)


Márcia Pacciulio

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